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Como funciona a bolsa de carbono

Um dos principais instrumentos no combate ao aquecimento global, o mercado de carbono é um mecanismo inovador de incentivo financeiro a ações de redução do carbono na atmosfera. Por meio dele, créditos de carbono são comercializados remunerando, assim, as iniciativas de redução de emissão de gases de efeito estufa.  

Para entender o conceito do crédito de carbono, leia este artigo.

Entendendo a bolsa de carbono

No mercado de carbono, ações que contribuem com a redução dos gases de efeito estufa na atmosfera se transformam em créditos que podem ser vendidos para agentes que desejam reduzir o impacto ambientais de suas atividades. Para operacionalizar essa troca, são criadas o que ficou conhecido como “bolsa de carbono”, um instrumento para a compra e venda de créditos de carbono. A bolsa de carbono tem um funcionamento semelhante ao da bolsa de valores que conhecemos. Mas, no lugar de ofertar ações de uma empresa, permite a negociação de créditos de carbono.  

A bolsa de carbono em mercados regulados  

Nos mercados regulados, a bolsa de carbono opera com base no princípio da “cap and trade” (limitar e negociar). Funciona assim: o governo estabelece um limite máximo de emissões de carbono permitidas para determinadas indústrias ou setores da economia. Em seguida, emite uma quantidade correspondente de créditos de carbono, representando permissões para emitir uma certa quantidade de carbono. As empresas que conseguem reduzir suas emissões abaixo do limite podem vender seus créditos de carbono não utilizados para aquelas que excedem seu limite. 

Quer entender a diferença entre mercado regulado e voluntário de carbono? Leia aqui.

A bolsa de carbono em mercados voluntários 

Já nos mercados voluntários, a compra dos créditos é feita por empresas que buscam reduzir sua pegada de carbono. Ou seja, empresas que buscam reduzir o impacto ambiental de suas atividades, neutralizando as emissões de gases de efeito estufa com a remuneração de iniciativas que reduzem os gases na atmosfera.  

União Europeia: O Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia (EU ETS) é o maior mercado de carbono do mundo. Estabelecido em 2005, abrange uma ampla gama de setores industriais e tem sido fundamental para impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono na região. 

Califórnia, EUA: O programa de Comércio de Emissões da Califórnia é outro exemplo de sucesso. Lançado em 2013, tem ajudado o estado a reduzir suas emissões enquanto estimula a inovação e o investimento em tecnologias limpas. 

China: O país lançou vários pilotos de comércio de carbono em diferentes províncias e cidades, como Pequim, Xangai e Guangdong. Com planos de expandir para um mercado nacional de carbono, a China está demonstrando um compromisso significativo com a redução das emissões. 

Potencial para a geração de riqueza 

A bolsa de carbono tem o potencial de gerar riqueza de várias maneiras. Primeiramente, ela incentiva as empresas a investirem em tecnologias mais limpas e eficientes, promovendo a inovação e a competitividade. Além disso, ao criar um mercado para os créditos de carbono, a bolsa de carbono oferece oportunidades de investimento e negociação para instituições financeiras e investidores. 

Outro aspecto importante é que os recursos gerados pela venda de créditos de carbono podem ser direcionados para projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável de comunidades vulneráveis. 

Confiabilidade das informações

A bolsa de carbono pode se tornar uma ferramenta poderosa na luta contra as mudanças climáticas, oferecendo uma abordagem baseada no mercado para reduzir as emissões de carbono. À medida que mais países e regiões adotam sistemas de comércio de carbono, cresce a demanda por instrumentos modernos de operacionalização do mercado de carbono.  

Para o sucesso das inciativas, é fundamental o desenvolvimento de tecnologias transparentes e confiáveis, garantindo a confiabilidade das informações que sustentam a geração e troca dos créditos de carbono. A Amachains é uma empresa de tecnologia brasileira que desenvolve soluções para o mercado de carbono. Por meio da blockchain, criamos ferramentas para contribuir para a rastreabilidade e contabilidade do carbono em diversas atividades.   

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