O impacto de alterações causadas por um evento da natureza que altera de forma negativa a vida de seres humanos e ecológicos é a definição mais simples de risco climático. São dois os fatores de risco fundamentais: 

Risco Climático Físico: Refere-se às perdas materiais, humanas, de biodiversidade, da água e de recursos hídricos, do solo, da poluição do ar, da degradação ambiental, de deflorestação, entre outros. É categorizado como agudo quando decorre de eventos climáticos extremos e como crônico quando resulta de eventos climáticos progressivos. 

Risco Climático de Transição: Refere-se às perdas de uma instituição que podem resultar do processo de ajustamento na busca pelo desenvolvimento sustentável em termos ambientais e pela descarbonização.

O tema do risco climático é tão importante que o Banco Central do Brasil (BC) emitiu a RESOLUÇÃO CMN N° 4.943, DE 15 DE SETEMBRO DE 2021, onde entre outras coisas também apresenta no Art. 38-C. sua definição de risco climático: 

I – risco climático de transição: possibilidade de ocorrência de perdas para a instituição ocasionadas por eventos associados ao processo de transição para uma economia de baixo carbono, em que a emissão de gases do efeito estufa é reduzida ou compensada e os mecanismos naturais de captura desses gases são preservados; e 

II – risco climático físico: possibilidade de ocorrência de perdas para a instituição ocasionadas por eventos associados a intempéries frequentes e severas ou a alterações ambientais de longo prazo, que possam ser relacionadas a mudanças em padrões climáticos. 

Na prática alguns bancos agora são obrigados a partir de 1 de dezembro de 2022 a medir e informar os riscos climáticos de suas operações, o que impacta diretamente em qualquer operação bancária que as empresas precisam realizar com os bancos. Na prática, todos precisarão medir e calcular os riscos climáticos de seus processos para que os bancos possam calcular os riscos climáticos de suas operações.